REFLEXOS DO ENSINO DE GRAMÁTICA NORMATIVA EM DISCURSOS DE INTOLERÂNCIA NAS REDES SOCIAIS: Alguns tópicos de análise do discurso sob a perspectiva do círculo de Bakhtin

Revista de Letras Juçara

Endereço:
Universidade Estadual do MaranhãoCampus CaxiasDepartamento de LetrasPraça Duque de Caxias, S/NMorro do Alecrim
Caxias / MA
65600000
Site: http://ppg.revistas.uema.br/index.php/jucara/index
Telefone: (99) 8259-3685
ISSN: 2527-1024
Editor Chefe: Emanoel Cesar Pires de Assis; Solange Santana Guimarães Morais
Início Publicação: 11/05/2017
Periodicidade: Semestral

REFLEXOS DO ENSINO DE GRAMÁTICA NORMATIVA EM DISCURSOS DE INTOLERÂNCIA NAS REDES SOCIAIS: Alguns tópicos de análise do discurso sob a perspectiva do círculo de Bakhtin

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Jonathan Bernardo Menger
Autor Correspondente: Jonathan Bernardo Menger | [email protected]

Palavras-chave: Língua. Redes sociais. Preconceito. Ensino. Discurso.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Definir “língua” é tarefa bastante complexa e, quando envolvida nos atos discursivos diários, sua conceituação se torna ainda mais difícil. Sabe-se que são muitas as vertentes da linguística e da gramática que a teorizam, e se compreende que, sendo um fato, o indivíduo pode utilizá-la com vários propósitos, até mesmo para atribuir estereótipos a outros usuários, em função do uso que fazem dessa faculdade. Desta forma, o presente artigo visa à discussão do que se concebe como língua e, além disso, do que se reflete e se refrata de sua ideia, no discurso dialógico nos meios de atividade em que esse fenômeno acontece, principalmente nas redes sociais, contexto sobre o qual se baseia a metodologia deste trabalho. Pensando-se em alguns tópicos da teoria bakhtiniana, foram compiladas para análise algumas imagens da página Língua Portuguesa, no Facebook, objetivando constatar o discurso de preconceito e pedantismo como reflexo de outros discursos anteriores, a exemplo do fazer docente e do dizer teórico nas gramáticas normativas. Perante as observações, acredita-se que o ensino de gramática seja grande porta-voz no dizer e no fazer do professor, que leva o ensino da variável normativa ao aluno, trazendo-lhe reflexos em suas ações cotidianas, com noções de certo e errado. No entanto, é possível que haja mudanças significativas, no momento em que a língua for repensada não apenas como sistema de normas, mas também como atos discursivos individuais e incessantes que fazem parte da organização socioideológica em que se inserem. 



Resumo Inglês:

Defining language is a very complex task and it's even more difficult to conceptualize it  when it's  involved in  the daily discoursive acts. It's  know  that  there  are  several  branches  of grammar and linguistics that are trying to theorize it, and we can comprehend from this fact that the  individual  can  utilize  it  for  a  number  of  purposes, in  fact  it  can  be  used  to  attribute stereotypes  to  other  language  users  based  in  they  linguistics  choices.  Therefore,  this  paper aims  to  argument  about  the  concept  of  language,  furthermos,  it  aims  to  extract  what  can  be reflected  and  refracted  from  it's  ideia  in  the  dialogic  discourse  in  the  activities  that  this phenomenon  happens,  specially  in  the  social  networks,  where  this  paper  will  focus.  Starting from some topics of Bakhtin Circle, it has been compiled some screenshots from the facebook page  Língua  Portuguesa  to  be analysed in  order  to  verify  the  hate  speech  and  pedantry as  a reflex of the discourse from early discourses, as, for example, the normative grammar and the teaching  staff  that  disseminates  it  as  the  only  true  way  of  expression.  In  the  face  of  the observations, it's believed that the teaching of grammar might be the spokesman in the do and say of the teachers, bringing its normative variant to the students, bringing along reflections in their ordinary actions with a notion of write and wrong. Yet it's possible that there is significative changes  in  the  moment  that  the  language  is  re-evaluate,  not  as  mere  code  system,  but  as individual  and  continuous  discoursive  acts that  get in  on  the  socioideological  organization  it is located.