O artigo examina o pensamento crítico-criativo do cineasta Rogério Sganzerla (1946-2004), cruzando sua produção teórica com procedimentos construtivos de O Bandido da Luz Vermelha (1968), sua estreia na direção de longas-metragens. Trabalha-se com a hipótese de que o olhar para o sistema de sua produção revela, para além de uma aplicação de suas formulações críticas em sua obra fílmica, o modo como seu pensamento se configura de modo a considerar a dialogia – quer seja num nível da tessitura das relações críticas e metalinguísticas propostas, quer seja no âmbito da diegese – como elemento implícito na organização de um sistema teórico-crítico-criativo.
The article examines the critical-creative thinking of the filmmaker Rogério Sganzerla (1946-2004), crossing his theoretical production with constructive procedures of The Red Light Bandit (1968), his debut in the direction of feature films. Our hypothesis is that the look at Sganzerla’s system of production reveals, beyond an application of its critical formulations in its filmic work, the way in which his thoughts are configured in order to consider the dialogue – both in critical texts and in the context of diegesis – as an implicit element in the organization of a theoretical-critical-creative system.