Regimes de (des)igualdade na auditoria

Revista Catarinense da Ciência Contábil

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ISSN: 2237-7662
Editor Chefe: Rogério João Lunkes
Início Publicação: 30/11/2001
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Contábeis

Regimes de (des)igualdade na auditoria

Ano: 2021 | Volume: 20 | Número: Não se aplica
Autores: João Paulo Resende de Lima, Silvia Pereira de Castro Casa Nova, Ricardo Gonçalves de Sales, Simone Cristina Dantas Miranda
Autor Correspondente: João Paulo Resende de Lima | [email protected]

Palavras-chave: diversidade, inclusão, interseccionalidade, regimes de desigualdade, diversity, inclusion, intersectionality, inequality regimes

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A literatura sobre diversidade na área de contabilidade demonstra o fenômeno da superinclusão, focando geralmente nas experiências das mulheres como categoria universal. No entanto, o foco está nas experiências das mulheres brancas. Neste texto, argumentamos que a teoria interseccional é uma forma possível de abordar essa questão, pois é uma teoria baseada nas  interações entre sexo, gênero, raça/etnia e sexualidade e como esses elementos e suas interações dão origem a um “regime de desigualdade”. Adotando este referencial, pretendemos compreender o desenvolvimento profissional de membros de grupos não hegemônicos que alcançaram a posição de sócios em firmas de auditoria. Adotamos uma abordagem de pesquisa qualitativa, conduzindo seis entrevistas em profundidade sócios e sócias das Big Four. Analisamos nossas evidências usando as categorias de Acker (2006) “bases das desigualdades” e “processos organizadores que produzem desigualdade”, propondo a categoria empírica “(in)alteráveis regimes de desigualdade?” Este trabalho amplia a literatura sobre diversidade ao aprofundar a discussão sobre a inclusão de grupos minoritários em firmas de auditoria, trazendo uma visão latino-americana das práticas de diversidade.



Resumo Inglês:

The literature about diversity in accounting demonstrates the phenomenon of superinclusion in  that it usually focuses on women’s experiences as a universal category but focuses on white women’s experiences. In this text, we argue that intersectional theory is a possible way to address that issue since it is a theory based on considering the interactions between sex, gender, race/ethnicity, and sexuality and how those elements and their interactions give rise to an “inequality regime”. Embracing this framework, we aim to comprehend the professional development of members of non-hegemonic groups who have reached the partner position in auditing firms. We adopted a qualitative research approach, conducting six in-depth interviews with Big Four partners. We analyzed our evidence using Acker’s (2006) “bases of inequalities” and “organizing processes that produce inequality” categories, proposing the empirical category “(un)changing inequality regimes?”. This work expands the literature about diversity by deepening the discussion about the inclusion of minority groups in auditing firms, bringing a Latin American view of diversity practices.