A RELAÇÃO CAMPO E CIDADE: NOVAS URBANIDADES E RURALIDADES, DEFINIÇÕES E (RE) DEFINIÇÕES

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ISSN: 16786343
Editor Chefe: Paulo Cezar Mendes
Início Publicação: 30/09/2000
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Geografia

A RELAÇÃO CAMPO E CIDADE: NOVAS URBANIDADES E RURALIDADES, DEFINIÇÕES E (RE) DEFINIÇÕES

Ano: 2010 | Volume: 11 | Número: 36
Autores: Geraldo Inácio Martins, Ângela Fagna Gomes de Souza
Autor Correspondente: Geraldo Inácio Martins | geraldomartine@yahoo.com.br

Palavras-chave: campo, cidade, relação, rural, urbano

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A proposta deste trabalho é refletir sobre a relação campo/cidade e suas definições e (re)definições teóricas. O fio condutor para desenvolver tal reflexão se pauta em resgatar formulações teóricas a respeito do rural/urbano e suas relações no tempo e no espaço. No pretérito o campo e a cidade foram interpretados como realidades antagônicas, onde prevaleciam as diferenças essenciais. Com o desenvolvimento econômico e industrial o campo passou a ser interpretado com resíduo de um modo de produção e a cidade como lócus do desenvolvimento e da modernidade. Tal contextualização teórica preconiza uma urbanização real e virtual do espaço rural. Isso cria novos embates e desdobramentos que são calcados a partir dos processos de tecnificação da agricultura e das especificidades de acumulação de capital. Mas, a partir da década de 1990, surge outra perspectiva de análise para rebater as formulações do rural como apêndice do espaço urbano. As transformações no rural são evidentes, contudo é preciso determinar em que medida isso significa urbanização do campo. Para isso, categorias como agricultura familiar e turismo rural se efetivam no plano político, econômico e teórico. A rigor, o rural é visto como possibilidade e tem com isso o seu papel redefinido na sociedade moderna. Dizendo de outra maneira, esta nova perspectiva procura enfatizar as especificidades da produção material e humana no rural e, sobretudo, como que se dão as relações com urbano. Para isso, categorias como pluriatividades, ruralidades e urbanidades são tomadas como processos socioespaciais que permitem afinar o olhar sobre o campo e sobre a cidade. Com isso podemos enfatizar que as populações que habitam tanto o rural como o urbano têm cada vez mais a diversidade como realidade possível, incluindo ainda, as persistências e reconstruções de novas “ruralidades e urbanidades” entremeadas nos ciclos de vivências.



Resumo Inglês:

The purpose of this work is discuss the relation about city/field and the theoretical definitions and redefinitions. The guiding principle for developing such reflection is based on rescuing theoretical formulations about the rural/urban and their relations with time and space. In the past the city and the country were interpreted as antagonistic realities, where the essential differences prevailed. After the economical and industrial development field came to be interpreted as residue of a mode of production and the city as the locus of modernity. This theoretical view preconizes a real and a virtual urbanization of the rural areas. It creates new issues and results that become from the processes of technological improvement in agriculture and the particularities of capital accumulation. From the 1990s, raises another analysis perspective to refute the Idea of the rural as urban appendix. The changes in the rural area are undeniable, but is necessary determinate in which level it means urbanization of the countryside. For this, familiar agriculture and rural tourism become effective in political, economical and theoretical scenarios. Rural spaces has been seen as a possibility, what redefines its role in the modern society. For this, subjects as pluriactivity, rurality and urbanity are taken as socio-spatial processes that allows refine the look above the countryside and the city. So, we can emphasize that the diversity between the populations which inhabit rural or urban appears increasingly as an possible reality, including persistences, reconstructions of new “urbanities and ruralities” interspersed in the cycles of life experiences.