Este estudo baseia-se na reflexão teórica dos trabalhos de Barney e Hesterly (2007) e
Prahalad e Hamel (1990): qual é a relação entre a Visão Baseada em Recursos e a Teoria
das Competências Essenciais? Este ensaio teórico objetiva discutir as convergências entre
as duas teorias como distintivas para vantagem competitiva sustentável superior. A
discussão foi fundamentada em uma revisão da literatura sobre o assunto. Os modelos da
VBR e das Competências Essenciais não são divergentes, mas sim convergentes e é mais
fácil entender que ambos se completam. Propõe-se para o alinhamento dos dois referenciais
um modelo denominado CRIC - Capital Intelectual, Reputação, Intraemprendedorismo e
Cultura de Alto Desempenho. É possÃvel concluir que existe uma relação direta entre
recursos, capacidades dinâmicas, empreendedorismo e competências nas organizações
com relação à sua natureza e escopo. O modelo CRIC evidencia essa relação, mostrando
que nem sempre os mercados são capazes de perceber a priori o motivo do desempenho
superior de uma organização com relação aos concorrentes, somente quando se analisa
meticulosamente os fatores de diferenciação internamente é que é percebida a estrutura
que sinaliza essa vantagem competitiva duradoura, em geral, sendo difÃcil imitá-la.
This study is based on the theoretical work of Hesterly and Barney (2007) and also Prahalad
and Hamel (1990). What is the relationship between the Resource-Based View and the
Theory of Core Competencies? This theoretical paper aims to discuss the similarities
between the two theories as a distinctive to a superior sustainable competitive advantage.
The discussion was based in a review of the literature of the subject. The models of VBR and
Core Competencies are not divergent, but convergent and it is better to understand that both
complement each other. It is proposed for the alignment of the two theories a reference
model called CRIC, meaning Intellectual Capital, Reputation, Intra-Entrepreneurs and
Culture of High Performance. It is possible to conclude that there is a direct relationship
between resources, dynamic capabilities, skills and entrepreneurship in organizations about
their nature and scope. The CRIC model shows this relationship, showing that markets are
not always able to first perceive the reason of this superior performance of an organization in
relation to the competitors, only when they meticulously analyzes the factors of internal
differentiation and their structure they can perceive what are the signals of this lasting
competitive advantage, in general, being difficult to imitate.