OBJETIVO: verificar a relação entre capacidade vital (CV), tempos máximos de fonação de /e/ fechado emitido de forma áfona (TMF/ė/) e de /s/ (TMF/s/) e estatura em mulheres adultas.
MÉTODO: 48 indivÃduos do sexo feminino, entre 18 e 44 anos, com ausência de fatores intervenientes nas medidas de interesse (tabagistas, atletas, cantores, alterações pulmonares, articulatórias), tiveram suas medidas de CV, TMF/Ä—/ e TMF/s/ coletadas, três vezes cada, selecionando-se o maior valor obtido para cada variável, além da estatura auto-referida. Os valores das quatro variáveis do grupo foram comparados entre si por meio de análise estatÃstica. Utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman para verificar sua relação; o teste de Wilcoxon para amostras relacionadas para comparar os TMF/s/ e TMF/Ä—/, além do cálculo do coeficiente de variação para comparar a homogeneidade dessas variáveis.
RESULTADOS: correlação positiva significante entre: CV e TMF/s/ (r=0,326; P=0,024); CV e TMF/ė/ (r=0,379; P=0,008); TMF/s/ e TMF/ė/ (r=0,360; P=0,012); e CV e estatura (r=0,432; P=0,002). TMF/s/ significantemente maior do que TMF/ė/. TMF/ė/ da amostra (10,43s) significantemente menor que os valores de referência (P<0,001). Na homogeneidade dos TMF, seus coeficientes de variação foram muito próximos: 35,60% (TMF/s/) e 39,11% (TMF/ė/).
CONCLUSÃO: verificou-se correlação positiva entre CV e os TMF, entre os TMF entre si, e entre CV e estatura. Não houve correlação significante entre estatura e os TMF. Os valores dos TMF/Ä—/ foram significantemente menores que TMF/s/, devido à ausência de controle articulatório, permitindo uma avaliação adequada do controle do nÃvel respiratório.
PURPOSE: to check the relation among the values of vital capacity (CV), maximum phonation times (MPT) of closed voiceless /e/ (/Ä—/) and of /s/ and height in adult normal women.
METHOD: 48 females, between 18 and 44 years, with no intervening factors in measures of interest (smoking, sport practicing, singing, lung disorder, articulation disorder) collected their measures of VC, MPT/Ä—/ and MPT/s/, three times each, and the highest produced values for each variable were selected for analysis, beyond the self-reported height. All four variables were compared. Spearman's correlation coefficient was used to check the relationship; Wilcoxon test for related samples was used to compare MPT/s/ and MPT/Ä—/, such as the coefficient of variation calculation, in order to compare their homogeneity.
RESULTS: positive significant correlation between: VC and MPT/s/ (r=0.326; P=0.024); VC and MPT/Ä—/ (r=0.379; P=0.008); MPT/s/ and MPT/Ä—/ (r=0.360; P=0.012); and VC and height (r=0.432; P=0.002); not presenting significant correlation between height and MPT. MPT/s/ significantly higher than MPT/Ä—/. MPT/Ä—/ of the sample (10.43s) significantly lower than reference values (P<0.001). In the homogeneity of MPT, its variation coefficients were very close: 35.60% (MPT/s/) and 39.11% (MPT/Ä—/), respectively.
CONCLUSION: there was positive significant correlation between VC and MPT and among the MPT themselves, and VC and height. There was no correlation between height and MPT. Values of MPT/Ä—/ were significantly lower than MPT/s/, due to the absence of articulatory control, allowing for an accurate assessment of the respiratory level control.