A depressão da mãe constitui-se em risco para a criança, em termos de saúde, alimentação e desenvolvimento. O presente estudo teve por objetivo buscar em literatura a relação entre depressão materna e depressão pós-parto e suas consequências no cuidado em saúde e alimentação das crianças. Realizou-se busca de artigos na Ãntegra, nas bases de dados eletrônicas SciELO e MEDLINE/PubMed, em português, inglês e espanhol, publicados nos últimos dez anos, selecionando-se 13 trabalhos. Os estudos demonstram que as crianças filhas de mães com sintomas depressivos apresentam, em maior prevalência, diminuição ou falha de ganho de peso, interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo ou do aleitamento materno, piores condições de cuidados em saúde, menos atenção aos cuidados preventivos e menores estÃmulos para o desenvolvimento. A relação entre depressão materna e sobrepeso na criança ainda não está bem estabelecida. As repercussões da depressão materna para a criança são inúmeras, embora variáveis, dependendo dos sintomas especÃficos, duração da depressão e fatores socioeconômicos associados. Os fatores que comprometem o desenvolvimento dos filhos de mães depressivas podem perdurar para além da primeira infância. A atenção à saúde das crianças deve ter enfoque na dÃade mãe-filho, sendo o reconhecimento de sintomas depressivos da mãe de fundamental importância para garantir o cuidado em saúde da criança.