A verbalização do autista é considerada como ecolálica: uma repetição sem significação de uma parte ou da totalidade do discurso de outrem, descontextualizada, destituÃda de singularidade. Todavia, por mais de um ano, observamos a linguagem de uma criança autista, submetida a tratamento fonoaudiológico na Associação dos Deficientes de Peixinhos – ADEPE, Olinda, Pernambuco e constatamos modificações na ecolalia caracterizadas por deslocamento de sentido, marcada por alterações nos processos da linguagem (metafórico e metonÃmico). O movimento de aproximação e distanciamento das verbalizações da criança com o contexto nos permitiu repensar a ecolalia considerando-a, sobremaneira, como germe para constituição da linguagem.
The verbalization of autism is considered echolalia: A meaningless repetition of a part or all
of the speech of others, without context, without change to the structure, devoid of
individuality. However, for over a year, we observe the language of an autistic child, who
underwent speech therapy at the Association for the Disabled Peixinhos - ADEPE, Olinda,
Pernambuco and found changes in echolalia characterized by displacement of meaning,
marked by changes in the processes of language. The approach movement and distance of the
child's utterances to the context allowed us to rethink the echolalia considering it greatly, as
seed for the formation of language.