A corrida realizada na velocidade do consumo máximo de oxigênio (vVO2máx)
pode ocasionar modificações nos parâmetros cinemáticos e assim, aumentar o custo
energético ao longo do tempo.O objetivo do presente estudo foi analisar caracterÃsticas
cinemáticas da articulação do tornozelo e joelho durante a corrida na vVO2máx e a relação
entre modificações cinemáticas e o tempo limite na vVO2máx(Tlim). Onze voluntários
ativos fisicamente foram submetidos a um teste incremental de corrida para determinar
a vVO2máx e posteriormente, a um teste de velocidade constante na vVO2máx. As variáveis
cinemáticas foram adquiridas através de filmagem bidimensional a 210Hz no plano sagital
esquerdo, no estágio inicial e final da corrida.De todas as variáveis angulares analisadas,
a máxima plantiflexão no balanço (p<0.01) foi a única que aumentou significativamente
entre o inÃcio e o final da corrida. O aumento no ângulo do tornozelo no contato foi
correlacionado ao Tlim (r=0,64; p=0,035) e explicou 34% do desempenho no teste. Esses
achados sugerem que os sujeitos mantêm um estilo de corrida relativamente estável na
vVO2máx e que o aumento da plantiflexão no contato foi capaz de explicar o desempenho
neste teste entre sujeitos não corredores.
Exhaustive running at maximal oxygen uptake velocity (vVO2max) can alter
running kinematic parameters and increase energy cost along the time. The aims of the
present study were to compare characteristics of ankle and knee kinematics during running
at vVO2max and to verify the relationship between changes in kinematic variables and time
limit (Tlim). Eleven male volunteers, recreational players of team sports, performed an
incremental running test until volitional exhaustion to determine vVO2max and a constant
velocity test at vVO2max. Subjects were filmed continuously from the left sagittal plane at 210
Hz for further kinematic analysis. The maximal plantar flexion during swing (p<0.01) was
the only variable that increased significantly from beginning to end of the run. Increase in
ankle angle at contact was the only variable related to Tlim (r=0.64; p=0.035) and explained
34% of the performance in the test. These findings suggest that the individuals under study
maintained a stable running style at vVO2max and that increase in plantar flexion explained
the performance in this test when it was applied in non-runners.