Neste artigo, pretendemos abordar as relações desenvolvidas entre o movimento sindical brasileiro com os governos Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2016) do Partido dos Trabalhadores, com foco principal nas centrais sindicais, como representantes da cúpula desse movimento. Partindo da ideia de que a ascensão de Lula ao Planalto Federal é um marco histórico para o país, principalmente para o sindicalismo – como seu grande representante nas décadas de 1980 e 1990. Retomamos as medidas econômicas e políticas do governo que influenciam diretamente no mercado do trabalho e no campo sindical, e como as centrais e sindicatos reagiram a essas medidas. Mas não vemos o movimento sindical como mero reagente das medidas governamentais, mas também parte dele como construtor, do que ficou conhecido “concertação social”. Concluímos que neste período houve um processo de institucionalização e aumento do reconhecimento do sindicalismo como interlocutor do Estado, contudo em detrimento da ação direta grevista e aumento do afastamento entre as cúpulas dirigentes e as bases dos trabalhadores. Tendo como resultado a incapacidade de resistência aos ataques promovidos pelo grande capital de forma mais dura a partir de 2016. Fazemos isso, principalmente, através da bibliografia da área, na qual houve vasta discussão sobre essa temática, e dados econômicos, sociais e sindicais.
In this papper, we intend to address the relations developed between the Brazilian trade union movement and the Lula (2003-2010) and Dilma (2011-2016) governments of the Workers’ Party, with a primary focus on the trade union centrals, as representatives of the movement’s leadership. Starting from the idea that the rise of Lula to the presidence is a historical landmark for the country, mainly for the trade unionism - like its great representative in the decades of 1980 and 1990. We return to the economic and political measures of the government that directly influence in the market of the and trade unions, and how centrals and unions reacted to these measures. But we do not see trade union movement as merely reacting to government measures, but also part of it as a constructor, of what has become known as “concertação social.” We conclude that in this period there was a process of institutionalization and increased recognition of trade unionism as an interlocutor of the State, however to the detriment of direct action and increased separation between the leaders and workers’ bases. Resulting in the inability to resist the attacks promoted by big capital in a more difficult way after 2016. We do this, mainly through the bibliography of the area, in which there was a wide discussion on this subject, and the economic, social and unionism datas.