RELAÇÕES INTERARTES NO MODERNISMO BRASILEIRO: INTERFERÊNCIAS

v. 1 n. 1 (2020): Missangas: estudos em Literatura e Linguística

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ISSN: 2763-5279
Editor Chefe: Celso Kallarrari
Início Publicação: 20/12/2020
Periodicidade: Semestral

RELAÇÕES INTERARTES NO MODERNISMO BRASILEIRO: INTERFERÊNCIAS

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: G. C. Pereira
Autor Correspondente: G. C. Pereira | [email protected]

Palavras-chave: Murilo Mendes; Mário de Andrade; Modernismo brasileiro; pintura; música.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Muitas e de modo vário são as relações interartes na literatura brasileira. Este artigo privilegiará as interfaces da literatura com a música e com a pintura, no contexto do Modernismo Brasileiro. Abordando às conexões entre literatura e pintura, queremos nos ater ao duplo caminho que a obra de Murilo Mendes nos proporciona. Primeiramente, como colecionador e crítico de arte que foi, destacaremos o poema “Il figliol prodigo”. Publicado em italiano no livro Ipotesi, foi escrito a partir da leitura do poeta sobre o quadro de título homônimo do artista plástico Giorgio De Chirico, com quem o poeta mineiro teve contato durante seu exílio voluntário na Europa. Em seguida, queremos analisar a leitura do artista plástico Ramón Brandão so-bre a obra do poeta mineiro. A originalidade dessa segunda parte da análise se deve ao fato de que não irá se tratar de um sistema sígnico verbal lendo outro não verbal (como costumeiramente acontece), mas do sistema visual interpretando o sistema verbal. Voltando-nos, em um segundo momento, para as relações entre literatura e música, ater-nos-emos (1) à análise do Trenzinho do caipira (composição que integra as Bachianas Brasileiras nú-mero 2, composta por Villa-Lobos em 1930 e que, em 1975, recebeu letra de Ferreira Gullar, retirada de um trecho de seu Poema Sujo); e (2) às interferências da formação musical de Mário de Andrade no seu livro de poemas Paulicéia Desvariada.



Resumo Inglês:

Sono molte e vari i rapporti tra le arti nella letteratura brasiliana. Questo articolo si concentrerà sulle interfacce tra letteratura, musica e pittura, nel contesto del Modernismo brasiliano. Affrontando le connessioni tra letteratura e pittura, vogliamo restare sulla doppia strada che il lavoro di Murilo Mendes ci offre. In primo luogo, come collezionista e critico d’arte, metterà in risalto la poesia “Il figliol prodigo”. Pubblicato in italiano nel libro Ipotesi, è stato scritto sulla base della lettura del poeta del dipinto omonimo dell’artista Giorgio De Chirico, con il quale il poeta di Minas Gerais ha avuto contatto durante il suo volontario esilio in Europa. Successivamente, vogliamo analizzare la lettura dell’artista Ramón Brandão sul lavoro del poeta di Minas Gerais. L’originalità di questa seconda parte dell’analisi è dovuta al fatto che non si tratterà di un sistema di segni verbali che ne legge uno non verbale (come di solito accade), ma del sistema visivo che interpreta il sistema verbale. Passando, in un secondo momento, ai rapporti tra letteratura e musica, ci limiteremo (1) all’analisi del Trenzinho do caipira (composizione che integra le Bachianas Brasileiras numero 2, composta da Villa-Lobos nel 1930 e che, nel 1975, ricevette i testi di Ferreira Gullar, tratti da un estratto del suo Poema Sujo); e (2) all’interferenza della formazione musicale di Mário de Andrade nel suo libro di poesia Paulicéia Desvariada.