A presente investigação tem como objeto de estudo as relações interpessoais vivenciadas por profissionais de saúde em UTIs. Tem como objetivo, explicitar as construções simbólicas desses profissionais, acerca das relações interpessoais com seus pares, na sua realidade de trabalho, entendendo essas relações como rede de significados, marcadas por contradições histórico-sociais e abertas ao caráter potencial e instituinte da ação humana. Objetiva, ainda, avançar na busca de fatores implicados na gênese e dinâmica das relações entre o mundo do trabalho e o mundo simbólico desses profissionais.O campo das interações sociais dos profissionais de saúde em UTIs de dois hospitais gerais de uma cidade do nordeste brasileiro, foi o “locus” sobre o qual este estudo desenvolveu seu olhar epistêmico. Foi desenvolvido com 13 profissionais (2 assistentes sociais, 9 enfermeiros e 2 fisioterapeutas) que emitiram suas percepções concernentes ao tema em pauta. Os resultados, qualitativamente analisados, apoiaram-se nos pressupostos teórico-metodológicos das Representações Sociais, permitindo concluir-se que as representações que os profissionais elaboram acerca das relações interpessoais no trabalho trazem a marca do individual e do coletivo institucional. A explicação dessa realidade, por certo, abre caminhos para que os profissionais possam criar novas formas de compreensão da construção das relações interpessoais no trabalho.
The present investigations’ subject matter is the interpersonal relationship experienced by health professionals in general hospitals’ intensive care units (ICU’s). It has the purpose of explicating these professionals’ symbolic constructions related to the interpersonal relationships with their peers in their work reality by understanding these relationships as a bundle of meanings marked by socio-historical contradictions and opened to human action’s potential and institutional character. It also intends to go further into the search for factors implied in the origin and dynamics of the relationship between these professionals’ work and symbolic environment. Health professionals’ social interaction field in two general hospitals’ ICU’s of a Brazilian northeastern town was the locus about which the study has developed its epistemological view. It was developed along with 13 professionals (2 social workers, 9 nurses and 2 physiotherapists), who exposed their perceptions correcting the topic. The qualitatively analyzed results was based on the Social Representations’ theoretical-methodological assumptions, allowing for the conclusion that the representations elaborated by the professionals about work’s interpersonal relationships bring the individual and group’s institutional mark. This reality’s explication certainly opens paths for the professionals to create new forms of comprehension of work interpersonal relationships’ construction.