Relações Raciais e Estudos Organizacionais no Brasil

RAC - Revista de Administração Contemporânea

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ISSN: 19827849
Editor Chefe: Marcelo de Souza Bispo
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Administração

Relações Raciais e Estudos Organizacionais no Brasil

Ano: 2014 | Volume: 18 | Número: 3
Autores: A. R. Rosa
Autor Correspondente: A. R. Rosa | [email protected]

Palavras-chave: estudos organizacionais; gestão da diversidade; relações raciais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente ensaio teórico discute o tema das relações raciais no Brasil e explora suas interfaces com os estudos sobre gestão da diversidade nas organizações. Para tanto, busca problematizar a apropriação que a referida área de estudos tem feito dos trabalhos norte-americanos, colocando em segundo plano – ou até mesmo ignorando – os estudos sobre relações raciais desenvolvidos pela antropologia e pela sociologia brasileiras. Essa problematização nos ajuda a perceber que os estudos organizacionais no Brasil têm se colocado de maneira deslocada nesse debate, seja pela suposição de que nossa gestão da diversidade deve seguir parâmetros anglo-saxões, seja pelo distanciamento que a área tem mantido dos estudos brasileiros que abordam minorias raciais e sua dinâmica de relações. A parte final do ensaio recupera dois importantes trabalhos produzidos no âmbito dos estudos brasileiros sobre relações raciais e, a partir deles, analisa as possíveis contribuições desse debate para o estudo de organizações brasileiras. Este trabalho termina chamando a atenção dos pesquisadores para a necessidade de se resgatar o debate brasileiro como forma de contextualizar a gestão da diversidade no Brasil.



Resumo Inglês:

This theoretical essay discusses the issue of race relations in Brazil and explores its interfaces with studies on
diversity management in organizations. Therefore, it seeks to problematize this field's appropriation of American
studies, pushing to the background – or even ignoring – studies on race relations developed in Brazilian
anthropology and sociology. This questioning helps us realize that organizational studies in Brazil have been
displaced in this debate, either by the assumption that our diversity management should follow Anglo-Saxon
parameters, or by the distance that the area has maintained from Brazilian studies that address racial minorities
and their dynamic relations. The final part of the paper retrieves two important works produced under Brazilian
studies on race relations and, from them, examines this debate's contributions to the study of Brazilian
organizations. The paper concludes by drawing researchers' attention to the need to rescue the Brazilian debate
as a way of contextualizing diversity management in Brazil.