RELAÇÕES TERRITORIAIS ENTRE POVOS INDÍGENAS E AGRONEGÓCIO NO BRASIL: CONFLITOS E RESISTÊNCIAS

Ano: 2022 | Volume: 18 | Número: 1

Autores: R. C. Arruzzo, L. D. Cunha, L. N. Santos

Palavras-chave: Relações Territoriais; Povos Indígenas; Agronegócio; Brasil

Resumo Português:

O presente artigo objetiva analisar as relações territoriais que se estabelecem entre os povos indígenas e o agronegócio no Brasil. Para isso, dialogamos com alguns pensadores que contribuem para a abordagem territorial, sendo eles, essencialmente: Sack (1986), Raffestin (1993) e Santos (1996; 1999). Partimos da construção da noção de relações territoriais para analisarmos as principais relações territoriais conflituosas entre agronegócio e Povo Indígenas no Brasil. Estas relações são analisadas a partir de cinco categorias: jurídico-legislativa, ambiental, invasões territoriais e violências físicas. Por fim, enfocamos as relações territoriais que se estabelecem entre os setores do agronegócio e os Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul, entendendo-o como um caso representativo no que se refere às relações sobre as quais este artigo se debruça

Resumo Inglês:

This article aims to analyze the territorial relations established between indigenous peoples and agribusiness in Brazil. For this, we dialogued with some thinkers who contribute to the territorial approach, namely: Sack (1986), Raffestin (1993) and Santos (1996; 1999). We start from the construction of the notion of territorial relations to analyze the main conflicting territorial relations between agribusiness and Indigenous People in Brazil. These relationships are analyzed from five categories: legal-legislative, environmental, territorial invasions and physical violence. Finally, we focus on the territorial relationships that are established between the agribusiness sectors and the Guarani and Kaiowá in Mato Grosso do Sul, understanding it as a representative case in terms of the relationships that this article focuses on.