Zuleyce Maria Lessa Pacheco Elisabete Pimenta Araújo Paz Girlene Alves da Silva
O objetivo com este estudo foi compreender como o adolescente portador do HIV vivencia, no cotidiano, seus relacionamentos afetivos. Os dados foram coletados por meio da técnica de entrevista fenomenológica, com nove adolescentes de um serviço de referência. A análise foi efetuada com base na fenomenologia de Martin Heidegger. A análise permitiu inferir que eles conhecem algumas formas de transmissão do HIV, mas não as compreendem bem. Muitos desses adolescentes já tiveram relacionamentos afetivos com outras pessoas, preocupam-se em usar o preservativo caso tenham relação sexual, mas a maioria prefere manter em segredo sua condição de portador. Eles desejam, futuramente, ter uma famÃlia, preocupam-se em não contaminar seu parceiro sexual e com as consequências que a gravidez pode ter na vida deles. Essa preocupação se traduz em cuidado com-o-outro. Experienciar relacionamentos afetivos é uma possibilidade de ser-aÃ-no-mundo, que pode ser mais bem vivenciada com a ajuda dos profissionais de saúde na superação dos receios caracterÃsticos que uma doença como a aids impõe.