RELATÓRIO FIGUEIREDO E NECROPOLÍTICA DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO AO GENOCÍDIO INDÍGENA
Revista Em Favor de Igualdade Racial
RELATÓRIO FIGUEIREDO E NECROPOLÍTICA DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO AO GENOCÍDIO INDÍGENA
Autor Correspondente: Aline Nóbrega de Oliveira | [email protected]
Palavras-chave: povos indígenas, necropolítica, relatório figueiredo.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O artigo analisa a relação entre Estado e os povos indígenas com base no Relatório Figueiredo, documento que expõe a violência estatal contra as populações originárias, refletindo o caso da etnia Cinta Larga descrito no relatório. A análise será feita a partir do conceito de Necropolítica do historiador camaronês Achille Mbembe, que problematiza a relação entre poder e morte como objeto de gestão, comparando a política de morte à política de extermínio indígena. O objetivo é refletir as ações colonialistas de forças políticas, econômicas e estatais que agem contra os indígenas caracterizadas como um poder necropolítico. O primeiro tópico questiona as práticas coloniais que ainda estão presentes nas instituições do Estado. Em seguida, uma análise do Relatório Figueiredo sobre a violência como uma política de morte e controle do Estado. Por fim, uma reflexão sobre a Necropolítica como um projeto de poder quando outras forças, para além do Estado, invadem terras indígenas mantendo a lógica colonial.
Resumo Inglês:
The article analyzes the connection among State and indigenous people based on the Figueiredo Report, a document that exposes state violence against indigenous populations, reflecting the case of the Cinta Larga ethnic group described in the report. The analysis going to be base Necropolitics concept by the Cameroonian historian Achille Mbembe, who problematizes the connection among power and death as an object of management, comparing the policy of death to the policy of indigenous extermination. The objective is to examine the colonialist actions of political, economic and state forces that act against the indigenous people characterized as a necropolitical power. The first topic inquire the colonial practices that are still present in state institutions. Then, an analysis of the Figueiredo Report on violence as a policy of death and State control. Finally, a reflection on necropolitics as a project of power when other forces, in addition to the State, invade indigenous lands, maintaining the colonial logic.
