Narrativas de viagem: professoras, escolas e caminhos rurais do México do século XX. Neste trabalho analisamos os relatos de viagem de três professoras rurais mexicanas que transitaram dentro do nordeste do país para fundar escolas e levar adiante sua prática de ensino. As histórias das professoras estão inscritas no México do século XX, o qual contava com uma população altamente analfabeta e que requeria uma educação prioritária. As jovenzinhas, quase meninas, chamadas “professoras empíricas” tiveram que enfrentar diferentes vicissitudes para transitar na região, implicando com isso deixar a família e autoconstruir-se como mulheres trabalhadoras, que recorrendo caminhos, comunidades e serras puderam cumprir com seu trabalho que era desde “fazer escolas” até curar doentes. Neste texto, reconhecemos suas condições de trabalho e a partir de sua própria voz, relatamos as viagens à escola e à comunidade, além disso, contamos suas experiências frente às constantes mudanças de comunidades, o acesso às escolas e as precariedades da educação rural. Com a responsabilidade de sustentar a família e em um paralelismo do seu trabalho e de sua vida cotidiana, os caminhos das professoras foram complexos e com condições adversas para as professoras principiantes. Palavras-chave: Narrativas de viagem; Professoras rurais; México; Século XX.
En este trabajo exponemos los relatos de viaje de tres maestras rurales mexicanas que transitaron dentro del noreste del país para fundar escuelas y llevar a cabo su práctica docente. Las historias de maestras están inscritas en el México del siglo XX, el cual contaba con una población altamente analfabeta y que requería de una educación prioritaria. Las jovencitas casi niñas, llamadas “maestras empíricas” tuvieron que sortear diferentes vicisitudes para trasladarse en la región, implicando con ello dejar la vida familiar y autoconstruirse como mujeres trabajadoras que recorriendo caminos, comunidades y sierras pudieron cumplir con su labor docente, que era desde “hacer escuela” hasta curar enfermos. En este texto, reconocemos sus condiciones de trabajo, y desde su propia voz relatamos los viajes a la escuela y la comunidad, además de ello, contamos sus experiencias ante los constantes cambios de comunidades, el acceso a las escuelas y las precariedades de la educación rural. Con la responsabilidad de la familia y en un paralelismo de su trabajo y su vida cotidiana, los caminos de las maestras rurales fueron complejos y con condiciones adversas para las noveles maestras.