O trabalho analisa, em consonância com uma leitura em torno da ideia de clássicos da historiografia brasileira, aspectos do conceito parasitismo social e males de origem formulados e discutidos pelo médico e sociólogo sergipano, Manoel José Bomfim (1868-1934) no cerne de um recorte da historiografia brasileira. Objetivamos apresentar uma leitura sobre o conceito de parasitismo social, os males de origem da América Latina, contextualizando-o com aspectos da trajetória de Bomfim, com vistas a contribuir com uma revisão sobre o autor como um dos “intérpretes do Brasil” por meio de uma pesquisa qualitativa, realizando análise documental do conceito presente no livro América Latina: males de origem (1905). A análise nos permitiu considerar uma associação do autor dos problemas presentes à sua época com a herança ibérica ¬— parasitismo social — na América Latina/Brasil, a educação como meio de superação do conservantismo social e uma breve desconsideração, por parte do autor, das possibilidades de resistência dos grupos sociais ameríndios.