A prática comum nos procedimentos de avaliação de empresas e na fixação de taxas de retorno por agências
regulatórias é usar o capital asset pricing model (CAPM) com a adição de um prêmio por risco Brasil. O presente
trabalho documenta essa prática nos laudos de avaliação de empresas para fins de oferta pública de aquisição
(OPA), disponÃveis no site da Comissão de Valores Mobiliários, e utiliza o método de regressão linear múltipla
com retornos mensais de 204 empresas com ações negociadas na BM&FBovespa, cobrindo o perÃodo de janeiro
de 2009 a dezembro de 2013. A análise conclui que em apenas 17 tÃtulos, o prêmio por risco Brasil não está
completamente refletido no comportamento do Ibovespa. Assim, caso seja usado o Ãndice de mercado local para a
finalidade de estimação do custo de capital próprio de uma empresa, é redundante e incorreto acrescentar o prêmio
por risco Brasil. O trabalho conclui com um exemplo de aplicação do enfoque usual e do enfoque resultante desta
constatação a uma empresa real, e aponta que pode haver um erro de precificação correspondente a
aproximadamente 17%.
A common practice in business valuation and the determination of fair rates of return by regulatory agencies is to
use the capital asset pricing model (CAPM) with the ad hoc addition of a country risk premium. The present paper
documents this practice in the valuation reports required in public acquisition offers available on the CVM
(Brazilian Securities and Exchange Commission) website. Multiple linear regression is used with monthly returns
for stock shares of 204 firms listed on the BM&FBovespa (Brazilian Stock Exchange). The period covered is from
January 2009 to December 2013, and the results indicate that there is a premium for Brazilian risk that is not
completely reflected in Ibovespa returns for only 17 securities. Hence, if one uses the local market index when
estimating a firm’s cost of equity, it would be both redundant and incorrect to add a country risk premium. The
paper concludes with a real company example in which the adoption of the conventional approach – with a country
risk premium added – would lead to a 17% pricing error.