Religião e política no Brasil nas primeiras décadas dos anos 2000: o protagonismo dos evangélicos

Fronteiras

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ISSN: 2595-3788
Editor Chefe: Francisco de Aquino Júnior
Início Publicação: 16/06/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Teologia

Religião e política no Brasil nas primeiras décadas dos anos 2000: o protagonismo dos evangélicos

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Magali do Nascimento Cunha
Autor Correspondente: Magali do Nascimento Cunha | [email protected]

Palavras-chave: Religião, Política, Evangélicos, Mídias, Conservadorismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Fenômenos interligados entre si e relacionados aos quadros sociocultural e político brasileiros delineados nas primeiras décadas dos anos 2000, colocaram os evangélicos (o segmento cristão não-católico romano e não-ortodoxo) em evidência no cenário do país. Trata-se do fortalecimento do grupo pentecostal, da intensa ocupação de mídias tradicionais e digitais, do crescimento do mercado gospel, da ocupação de espaços nos poderes executivo, legislativo e judiciário nos diferentes níveis do Estado, da emergência de um ativismo político dos fiéis. Identifica-se neste contexto uma nova face do conservadorismo religioso, um neoconservadorismo, na forma de reação a transformações socioculturais experimentadas no período com a abertura e a potencialização de políticas públicas voltadas para direitos humanos, em particular os de gênero. Três elementos emergem da observação destes fenômenos: a reconfiguração do lugar dos evangélicos brasileiros na política; a emergência de novas expressões de fundamentalismos no Brasil contemporâneo; as transformações na relação entre mídia e religião. A proposta deste estudo é refletir sobre estes três temas referenciando-o nos aportes teóricos das ciências da religião e na interface comunicação e política.



Resumo Inglês:

Phenomena interconnected and related to the Brazilian socio-cultural and political frameworks outlined in the first decades of the 2000s, put evangelicals (the non-Catholic and non-Orthodox Christian segment) in evidence in the country. It is the strengthening of the Pentecostal group, the intense occupation of traditional and digital media, the growth of the gospel market, the occupation of spaces in the executive, legislative and judiciary branches at different levels of the State, the emergence of political activism by the believers. In this context, a new face of religious conservatism is identified, a neoconservatism, in the form of reaction to socio-cultural transformations experienced in the period with the opening and strengthening of public policies focused on human rights, particularly those related to gender. Three elements emerge from the observation of these phenomena: the reconfiguration of the place of Brazilian evangelicals in politics; the emergence of new expressions of fundamentalism in contemporary Brazil; the changes in the relationship between media and religion. The purpose of this study is to reflect on these three themes, referencing it in the theoretical contributions of the sciences of religion and in the communication and political interface.