A relação entre religião e política é um tema antigo na antropologia. Em oposição à narrativa mais corrente, os antropólogos têm insistido na permanência da religião na modernidade. Todavia, nos últimos anos esta presença tem apresentado algumas características não previstas pelos especialistas. O artigo pretende trazer para o debate a importância e a contemporaneidade das ideias de Espinosa para se buscar renovadas perspectivas para este debate, sobretudo a partir de seu Tratado Teológico-Político. E pretende que isso se faça como contribuição para a construção de uma convivência na diversidade essencial para a constituição de uma sociedade democrática.