Renato Russo e a cidade

Opiniães

Endereço:
Av. Prof. Luciano Gualberto, 403, salas 04 e 09 - Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, FFLCH, USP - Butantã / Cidade Universitária
São Paulo / SP
05508-900
Site: http://revistas.usp.br/opiniaes
Telefone: (11) 3091-4289
ISSN: 25258133
Editor Chefe: Comissão Editorial
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Renato Russo e a cidade

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 9
Autores: Elisângela Maria Ozório
Autor Correspondente: E. M. Ozório | [email protected]

Palavras-chave: Renato Russo, canções-poemas, cidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo pensa como o centro urbano adentra o universo das canções-poemas “Música urbana”, “Fábrica” e “Música urbana 2”, lançando mão dos discursos utópico e distópico. Para isso, o artigo parte da referência à cidade do poema de Almeida Garrett, passando para o olhar crítico de Walter Benjamin sobre a modernidade e a ausência do herói, uma vez que a literatura moderna tende a vagar o lugar do herói, fornecendo espaço para a criação de representantes de herói. Posteriormente, o artigo debruça-se sobre a teoria de Russel Jacoby, em que exemplifica a distopia como a outra face da utopia. Sem a utopia, seria impensável a existência da distopia. Sobre o amargor da distopia, Renato Russo presentifica a cidade, dando saliências ao feio, ao degradante e ao comum. A cidade de Renato Russo compõe-se de aglomerados populacionais, que resultam em uma música sobre a cidade.



Resumo Inglês:

Renato Russo and the city examines how the urban centre pervades the universe of the poetic songs "Música Urbana", "Fábrica" and "Música Urbana 2", making use of utopic and dystopic discourses. For that, the article begins with a city reference in a poem by Almeida Garrett, moving on to Walter Benjamin’s critical perspective on modernity and the absence of the hero, since modern literature tends to turn the hero’s place vacant, making room for the creation of hero representatives. Next, the article deals with the theory of Russel Jacoby, in which he defines dystopia as the other side of utopia. Without utopia, the existence of dystopia would be inconceivable. On the bitterness of dystopia, Renato Russo makes the city present, giving emphasis to the ugly, the degraded and the ordinary. Renato Russo’s city is composed of population clusters, which result in city-themed music.