Resumo: O artigo propõe uma discussão sobre restituição e repatriamento de objetos e coleções indígenas, como forma de atendimento a direitos humanos. A problemática central está nos remanescentes humanos como musealia carregada de colonialismo nas construções da musealidade e na musealização. O que para o museu é “coisa” ou objeto, para os indígenas é um ser humano, conforme as visões e as vozes indígenas trazidas para o artigo, que reforçam uma visão da espiritualidade. Essa visão espiritual deve ser conhecida pelos profissionais dos museus para a construção de novas práticas museais e de novas relações entre indígenas e museus, todas elas baseadas no respeito.
The article proposes a discussion on the return and repatriation of objects and collections, as a way of addressing the human rights. The central problem is in the human remains as musealia loaded with coloniality in the construction of museality and musealization. What for the museum is a “thing” or object, for the indigenous is a human being, according to the indigenous visions and voices brought to the article, which reinforce a vision of indigenous spirituality. This spiritual vision must be known by museum professionals to build new museum practices and new relationships between indigenous people and museums, all based on respect.