Repensando a circulação e a adoção de crianças negras na família brasileira

Em Pauta

Endereço:
Rua São Francisco Xavier, 524 - sala 9001-D, bloco D - Maracanã
Rio de Janeiro / RJ
20550013
Site: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaempauta
Telefone: (21) 2334-0299
ISSN: 2238-3786
Editor Chefe: Carla Cristina Lima de Almeida
Início Publicação: 31/10/1993
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Serviço social

Repensando a circulação e a adoção de crianças negras na família brasileira

Ano: 2020 | Volume: 18 | Número: 45
Autores: Vanessa Cristina dos Santos Saraiva
Autor Correspondente: Vanessa Cristina dos Santos Saraiva | [email protected]

Palavras-chave: circulação e adoção de crianças, família negra, mulheres negras, resistência, campo sociojurídico, circulation and adoption of children, black family, black women, resistance, socio-legal field.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse estudo objetiva realizar uma análise das formas de organização, resistência e proteção adotadas historicamente pelas famílias negras brasileiras diante das ações e determinações do Estado. A partir de análise bibliográfica, retomaremos o conceito de circulação historicamente compreendido pelos operadores do direito como uma prática nociva e prejudicial às crianças, a qual era adotada, sobretudo, por famílias negras e empobrecidas do país. Partimos do pressuposto de que esse era um mecanismo adotado por essas famílias para driblar a possibilidade de institucionalização dos filhos em espaços marcados pela violência, destruição de vínculos familiares, afastamento territorial da comunidade e adoções irregulares. Constatamos que se constitui na atualidade como forma de assegurar os direitos dessas crianças quando permite o acesso à família ampliada e à convivência com família paterna.



Resumo Inglês:

This study aims to analyze the forms of organization, resistance, and protection historically adopted by Brazilian black families in the face of State actions and determinations. From bibliographical analysis, we return to the concept of circulation historically understood by legal operators as a harmful practice and harmful to children, which were adopted, above all, by black and impoverished families of the country. We assumed that this was a mechanism adopted by these families to circumvent the possibility of institutionalization of children in spaces marked by violence, destruction of family ties, territorial separation of the community, and irregular adoptions. We find that it is nowadays a way of guaranteeing the rights of these children when it allows access to the extended and paternal family.