Neste artigo pretendemos revisitar e interrogar o sentido filosófico, sociológico e político desta realidade intitulada de Escola de Frankfurt, desde o seu início com Max Horkheimer e Theodor Adorno, até aos dias de hoje. Importa salientar a originalidade do projeto de Frankfurt, ao elaborar uma teoria crítica da sociedade que deu origem a um vasto programa de trabalho interdisciplinar, marcando profundamente o curso das ciências sociais não só na vertente marxista, que foi a sua raiz originária, mas também no panorama geral da teoria social contemporânea. Dada a pertinência deste empreendimento crítico, propomos repensar as ideias centrais e os pressupostos metodológicos que desde o início têm constituído o trabalho interpretativo da teoria crítica de Frankfurt; ao mesmo tempo que recorremos à crítica pós-moderna de Boaventura de Sousa Santos na discussão dos principais dilemas teóricos, epistemológicos e políticos que a teoria crítica hoje enfrenta.