Repercussões da mobilização passiva nas variáveis hemodinâmicas em pacientes sob ventilação mecânica

Journal of Health & Biological Sciences

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ISSN: 23173076
Editor Chefe: Manoel Odorico de Moraes Filho
Início Publicação: 31/12/2012
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Repercussões da mobilização passiva nas variáveis hemodinâmicas em pacientes sob ventilação mecânica

Ano: 2018 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: Edwiges Aline Freitas Peixoto Cavalcante, Debora Helen Marques da Silva, David Santos Pontes, Paulo Goberlânio de Barros Silva, Andréa Stopiglia Guedes Braide, Márcia Cardinalle Correia Viana
Autor Correspondente: Márcia Cardinalle Correia Viana | [email protected]

Palavras-chave: polineuropatias, variáveis hemodinâmicas, mobilização passiva, fisioterapia, unidades de terapia intensiva

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: A mobilização passiva é amplamente utilizada dentro das unidades de terapia intensiva visando prevenir e/ou minimizar os efeitos deletérios ocasionados pelo imobilismo em pacientes em estado grave. Contudo, pouco se sabe sobre o efeito dessa técnica na hemodinâmica do paciente. Objetivo: Analisar as repercussões da mobilização passiva nas variáveis hemodinâmicas em pacientes sob ventilação mecânica. Métodos: Estudo de campo, observacional, transversal e quantitativo, realizado de agosto de 2015 a maio de 2016. As variáveis de frequência cardíaca (FC); pressão arterial média (PAM), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e saturação periférica de oxigênio (SpO2), foram mensuradas em três momentos: antes de iniciar as mobilizações (T1), ao término (T2) e 2 minutos após o término (T3). Resultados: A amostra constou de 15 pacientes, sendo 9 (60%) do gênero feminino, com idade mediana de 57 anos. Não se constataram alterações significativas nas variáveis FC, PAS e PAM. No entanto, pôde-se notar uma queda significante da PAD (p=0,010) e SpO2 (p=0,028) entre os tempos T2 e T3 na mobilização de membros superiores (MMSS) e alteração significativa da PAS (p=0,040) na mobilização de MMSS entre os tempos T2 e T3 em pacientes com mais de 60 anos. Conclusão: A realização da mobilização passiva em pacientes sob ventilação mecânica não ocasionou alterações significativas na hemodinâmica do ponto de vista clínico e pode ser considerada uma técnica segura e viável para minimizar os efeitos deletérios gerados pelo imobilismo.



Resumo Inglês:

Introduction: Passive mobilization is widely used within intensive care units to prevent and/or minimize the deleterious effects of immobility in critically ill patients. However, little is known about the effect of this technique on patient's hemodynamics. Objectives: To analyse the repercussions of passive mobilization on hemodynamic variables in patients under mechanical ventilation. Methods: Observational, cross-sectional, and quantitative field study performed from August 2015 to May 2016. The following variables: heart rate (HR); mean blood pressure (MBP); systolic blood pressure (SBP); diastolic blood pressure (DBP) and Peripheral oxygen saturation (SpO2), were measured at three different moments: before initiating the mobilizations (T1), at the end (T2) and two minutes after the end (T3). The collected data were analyzed through the Statistical Package for Social Science (SPSS) software. Results: The sample consisted of 15 patients, nine (60%) of the female gender and six (40%) of the male, with a median age of 57 years. There were no significant changes in the HR, SBP and MBP variables. However, a significant decrease in DBP (p = 0.010) and SpO2 (p = 0.028) between T2 and T3 in upper limb mobilization (ULM) and significant SBP change (p = 0.040) in mobilization of upper limb between T2 and T3 in patients over 60 years old. Conclusion: Passive mobilization in mechanically ventilated patients did not cause significant changes in hemodynamics from a clinical point of view and can be considered a safe and viable technique to minimize the deleterious effects generated by immobility.