As mudanças ocorridas na esfera sociocultural têm causado mudanças no que diz respeito às formas de
subjetivação do sujeito contemporâneo. O contemporâneo faz exigência de um tipo de subjetivação condizente com os paradigmas atuais exigindo dos sujeitos um conjunto de novos arranjos subjetivos que lhe permitam acompanhar esse novo estado de coisas. O surgimento dessas demandas desencadeia toda uma conjuntura de mal-estar que difere em muito dos fatores causadores de angústia de outras épocas, sobretudo se comparados com a modernidade. Este novo status do mal-estar culmina no que se convencionou
chamar de “sintomas contemporâneosâ€. Partiremos dos fundamentos da psicanálise na orientação lacaniana a apresentação referente aos “sintomas clássicosâ€. O presente trabalho insere-se no conjunto de tentativas atuais de explicação da clÃnica a partir da perspectiva psicanalÃtica. Parte-se do pressuposto de que, se há evidências da existência de novas formas de manifestação de sintomas na clÃnica contemporânea, os novos sintomas são envoltórios novos para as estruturas clÃnicas já conhecidas. Ao cabo desse percurso defenderemos a ideia de que as modificações que incidem nos sintomas
contemporâneos alcançaram o plano da aparência, ou seja, envoltório formal do formal do sintoma, mas não sua estrutura.
The changes in the sociocultural sphere have caused changes in relation to forms of subjectivity of the
contemporary subject. The contemporary causes demand for a type of subjectivity consistent with current paradigms of subjects requiring a subjective set of new arrangements that enable it to monitor this new state of affairs. The emergence of these demands triggers an entire environment of malaise
which differs considerably from factors causing distress to other periods, especially compared with modernity. This new status of malaise culminated in what we call “contemporary symptomsâ€. We will begin of fundamentals of Lacanian psychoanalysis presentation regarding the “classic symptomsâ€. This work falls within the range of current attempts to explain the clinic from the psychoanalytic perspective. Assuming that if there is evidence of the existence of new forms of manifestation of
symptoms in contemporary clinical practice, new symptoms are wrappers for new clinical structures known. In this work, we will defend the idea that the changes that occur in contemporary symptoms reached the level of appearance, or formal wrap symptom, but not its structure.