Este artigo propõe uma leitura da obra ficcional de Rachel de
Queiroz, privilegiando os romances O Quinze (1930), Caminho de pedras
(1937), As três Marias (1939), Dôra, Doralina (1975) e Memorial de Maria
Moura (1992). Há um fio dialógico que une os romances, estabelecendo
interseções entre eles, conduzindo-os à representação de personagens
femininas, cujo perfil as configura como mulheres que lutam por uma
independência em espaço dominado pelo masculino, sendo necessário, à s
vezes, pegar em armas para realizar seu intento, o que aproxima a última
protagonista, Maria Moura, da donzela-guerreira medieval.
This article proposes a fictional reading of the work of Rachel de
Queiroz, favoring novels O Quinze (1930), Caminho de pedras (1937), As Três
Marias (1939), Dôra, Doralina (1975) and Memorial de Maria Moura (1992).
There is a dialogical thread that unites the novels, establishing intersections
between them, leading them to the representation of female characters, whose
profile sets them up as women fighting for independence in space dominated by
males, and must sometimes take up arms to accomplish his purpose, which
approximates the last protagonist, Maria Moura, the medieval warrior-maiden.