Este artigo pretende apresentar os resultados de um trabalho que articulou leitura e escrita literárias desenvolvido com alunos do Ensino Médio a partir dos contos A moça tecelã e Para que ninguém a quisesse, de Marina Colasanti. Fundamentada no caráter humanizador da literatura, tal como elaborado por Antonio Candido (2015), essa proposta possibilitou aos alunos tanto autonomia, legitimação dos seus posicionamentos de autores e estabelecimento de relações entre autoria feminina e representações femininas patentes na sociedade contemporânea pela voz de Marina Colasanti - que, numa ótica contra-hegemônica, evidencia tanto a violência simbólica quanto a emancipação e o autoconhecimento feminino.
This article present s the results of a project combining literary reading and writing carried out with high school students taking as a starting point the short stories A moça tecelã and Para que ninguém a quisesse, by Marina Colasanti. Substantiated by the humanizing nature of literature, as presented by Antonio Candido (2012), this proposal allowed the students to develop autonomy, legitimate themselves as a uthors and, coming out of Colasanti's voice, set up relations between female authorship and fem inine representations in contemporary society, that, from a converse standpoint, highlight both the symbolic violence and the women's emancipation and self - knowledge.