Este estudo objetivou compreender como pessoas de diferentes classes socioeconômicas significam o uso/tratamento de substâncias psicoativas. Foram entrevistadas oito pessoas (quatro de classes altas e quatro de classes média/baixas) de uma cidade média da região do Triângulo Mineiro. Os dados foram organizados em três categorias (Representações sobre substâncias psicoativas; Representações dos tratamentos; Representações da temática nas diferentes classes). Os principais resultados destacam que: a dependência é considerada perda de controle do usuário em qualquer classe social; a internação em clínicas terapêuticas é um tratamento falho, porém o mais acessível; as classes altas foram significada como tendo fácil acesso as substâncias psicoativas mais caras as utilizando esporadicamente em festas e por lazer, enquanto que as classes médias/baixas fazem uso de substâncias mais baratas e danosas, mas rotineiramente. Conclui-se que o uso de substâncias psicoativas deve considerar aspectos sociais, econômicos, culturais e psicológicos específicos dos grupos.
This study aimed to understand how people from different socioeconomic classes mean the psychoactive substances use/treatment. Eight people were interviewed (four high class and four middle-class) of a city of the Triângulo Mineiro region (Brazil). Data were organized in three categories (Psychoactive substances representations; Representations about health care; Representations of the subject in different classes). The main results highlight that: a substance abuse was identified as the user lost control on any social class; hospitalization in therapeutic clinical treatment was meant as flawed, but more accessible; high classes was meant to have easy access to the more expensive psychoactive substances, but using it sporadically at parties and leisure, while the medium/low classes make use of cheaper and dangerous substances, but routinely. We conclude that the use of psychoactive substances should consider social, economic, cultural and psychological.