Representações Sociais da violência doméstica em comentários de rede social

Revista Eletrônica Científica da UERGS

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ISSN: 24480479
Editor Chefe: Biane de Castro
Início Publicação: 30/11/2015
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Multidisciplinar

Representações Sociais da violência doméstica em comentários de rede social

Ano: 2019 | Volume: 5 | Número: 2
Autores: Maiara LEANDRO, Andréia Isabel GIACOMOZZI, Juliana Gomes FIOROTT, Djenifer MARX
Autor Correspondente: Maiara LEANDRO | [email protected]

Palavras-chave: violência doméstica, representações sociais, mídias sociais, redes sociais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No Brasil, mesmo com a implementação da Lei Maria da Penha, que visa proteger as mulheres, ainda existe um alto índice de feminicídio. Entende-se que por se tratar de um país com cultura machista e patriarcal há uma banalização da violência contra a mulher. Deste modo, esta pesquisa pretendeu analisar, através de um estudo documental com abordagem qualitativa, as Representações Sociais (RS) acerca da violência doméstica compartilhadas nas redes sociais. A pesquisa de RS em espaços virtuais permite ao pesquisador obter um material inédito e diferente do obtido pelas formas mais tradicionais de pesquisa. Foram analisados 133 comentários sobre uma reportagem divulgada através da rede de programação jornalística brasileira chamada Globo, conhecida por sua visibilidade. Para análise dos dados, foi realizado análise categorial temática. Os resultados obtidos indicaram que as RS veiculadas nos comentários dizem respeito a necessidade do cumprimento da legislação, também a culpabilização da mulher vítima de violência por não ter saído da relação abusiva. Também culpabilizam o homem ator de violência, mas este é visto como doente ou monstro. Observou-se questões vinculadas à religião como uma possibilidade de sentido, mas ao mesmo tempo, de conformismo. Ademais houve o acolhimento a mulher, mas violência deve ser resolvida com violência. Concluiu-se as RS sobre este fenômeno é polarizada, pois ora culpabilizam o homem, ora a mulher, entretanto não levam em consideração de que ambos foram educados na mesma cultura. E ainda é necessário maior envolvimento do poder público através de políticas públicas que trabalhem aprofundadamente a discussão sobre violências.