RESENHA: ESFERAS I: BOLHAS, DE PETER SLOTERDIJK

Natureza Humana Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise

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ISSN: 2175-2834
Editor Chefe: Zeljko Loparic
Início Publicação: 31/05/2015
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Filosofia

RESENHA: ESFERAS I: BOLHAS, DE PETER SLOTERDIJK

Ano: 2017 | Volume: 19 | Número: 1
Autores: Maurício Fernando Pitta, Dr. José Fernandes Weber (orientador)
Autor Correspondente: Maurício Fernando Pitta | [email protected]

Palavras-chave: Sloterdijk; esferas; bolhas

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Resumo Português:

O primeiro volume da trilogia Esferas, intitulado Esferas I: bolhas, dedica-se à teoria das esferas em seu sentido elementar, a saber, a microesferologia. Concebido a partir do eterno drama de separação diante da condição primordial de coexistência humana, o ser humano é visto como o resultado de uma partilha original, e sua condição existencial de ser em um mundo será sempre a de imersão em um contexto relacional novo, sempre uma supressão da ausência, sempre um “ser-em-esferas”. A essas células que constituem o modelo de toda relação de algo com algo em algo, Sloterdijk batiza de bolha, para denotar que o que se pensa por “espírito” ou “alma” é apenas o “ar” da vida insuflado em um espaço partilhado. A relação de intimidade própria da microesfera é uma relação de inter-resonância, interpenetração, intersimbiose: os sujeitos que habitam a bolha só são sujeitos na medida em que se insuflam mutuamente de uma cossubjetividade. É nessa mútua inspiração que o espaço surreal microesférico se constitui.