Resenha: SALOMON, Marlon J. (org.) Alexandre Koyré: historiador do pensamento. Goiânia: Almeida & Clement Edições, 2010.

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ISSN: 2177-6644
Editor Chefe: Oseias de Oliveira
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: História

Resenha: SALOMON, Marlon J. (org.) Alexandre Koyré: historiador do pensamento. Goiânia: Almeida & Clement Edições, 2010.

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Fernando Vojniak
Autor Correspondente: VOJNIAK | [email protected]

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Raymond Aron dizia que a sociologia poderia ser caracteriza por uma perpétua procura de si mesmo. Sem embargo, o sociólogo francês poderia ter estendido esta caracterização à história ou à filosofia, por exemplo, e até mesmo à física e ao conceito de ciência de modo geral, se não o considerarmos conforme o modelo positivista de ciência; no limite, trata-se de uma questão humana, e das ciências humanas, pelo menos desde os tempos de Kant, quando o homem, segundo Michel Foucault, passou a se tornar objeto e problema do saber ocidental permitindo “essas filosofias da Vida, da Vontade, da Palavra”, em suma, as ciências humanas, “que o século XIX vai desenvolver na esteira da crítica.” (Foucault, 1999, p.334). Ainda que, conforme o filósofo francês, “o homem não é o mais velho problema, nem o mais constante que se tenha colocado ao saber humano” (Foucault, 1999, p.536), sabemos desta antiga e quase perpétua busca de uma verdade sobre si mesmo que intriga a grande maioria das pessoas e dos saberes. Por vezes, parecemos ser obcecados pela verdade, pela perfeição, e dificilmente aceitamos o casual, o caótico, o anárquico. No entanto, tão antiga quanto à busca da verdade, é sua paradoxal condição de objeto inatingível e também são muito antigos os problemas de definição e as noções de relativo e absoluto em torno da alétheia.