(Re)significação e (re)invenção cultural quilombola: as espacialidades afro-brasileiras do Conjunto da Marujada e do Grupo Curiango no Vale do Jequitinhonha/MG

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ISSN: 1984-5537
Editor Chefe: Angelo Serpa
Início Publicação: 28/02/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

(Re)significação e (re)invenção cultural quilombola: as espacialidades afro-brasileiras do Conjunto da Marujada e do Grupo Curiango no Vale do Jequitinhonha/MG

Ano: 2014 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: Raphael Fernando Diniz, Gisele Oliveira Miné, Maria Aparecida dos Santos Tubaldini
Autor Correspondente: Gisele Oliveira Miné | [email protected]

Palavras-chave: Quilombos, (Re)significação e (Re)invenção cultural, Conjunto da Marujada, Grupo Curiango, Vale do Jequitinhonha/MG

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O ano de 1988 representou um importante marco histórico para as comunidades afro-brasileiras, quando, pela primeira vez, lhes foram reconhecidos os direitos constitucionais às suas terras e à valorização de suas práticas culturais. Desde então, diversas comunidades se reorganizaram internamente e se articularam externamente a fim de resgatar e revitalizar as celebrações, festividades e tradições herdadas de seus antepassados. Neste contexto, o presente trabalho busca refletir sobre os processos de (re)significação e (re)invenção cultural nas comunidades quilombolas de Moça Santa, município de Chapada do Norte, e Quilombo, município de Minas Novas, Vale do Jequitinhonha/MG. O resgate e a valorização de danças, cantos e celebrações consideradas localmente como “tradicionais”, a exemplo do Grupo Curiango em Moça Santa, e do Conjunto da Marujada, em Quilombo, ganharam maior ímpeto a partir do reconhecimento destes territórios como remanescentes de quilombos, mobilizando jovens e adultos para a prática e divulgação de suas expressões culturais. Por meio de observações empíricas e de relatos obtidos em campo, percebe-se que os grupos Curiango e Marujada são importantes referências simbólico-culturais destes territórios, contribuindo para integração e coesão comunitária, para a afirmação de sua identidade afro-brasileira, e, em especial, para a legitimação de seu auto-reconhecimento como remanescentes de quilombos.