O estudo objetivou analisar a relação entre a resiliência e a socialização organizacional junto a novos servidores de duas universidades públicas, em contextos culturais distintos, quais sejam Brasil e Noruega. As pesquisas em socialização organizacional apontam que a adaptação do indivÃduo a um novo cargo e a uma nova organização tende a ser um evento estressor e a resiliência, que descreve os processos de superação do estresse e adversidades, poderia auxiliar a compreensão das diferenças nos resultados de socialização entre indivÃduos numa mesma organização. Com base nesse presssuposto, a pesquisa foi desenvolvida junto a uma amostra de servidores docentes e técnico-adiministrativos brasileiros e noruegueses. Análises de regressão hierárquica foram desenvolvidas com o intuito de observar e comparar a capacidade preditiva da resiliência em relação à socialização organizacional. Os resultados demonstraram, de modo geral, que a resiliência contribuiu significativamente para explicar os resultados de socialização organizacional, independentemente da nacionalidade e da ocupação. A capacidade preditiva da resiliência em relação à socialização organizacional foi maior entre os novos servidores brasileiros. As implicações práticas, limitações e principais contribuições do estudo são discutidas, com sugestões para futuras pesquisas.
The aim of this study is to analyze the relationship between resilience and organizational socialization among civil servants at two public universities in two different cultures, namely Brazil and Norway. Organizational socialization research has shown that an individual's adjustment to a new job and organization tends to be a stressful event and resilience, defined as the ability to overcome stress or adversity, could be of importance when it comes to explaining the differences in socialization outcomes among individuals at the same organization. Based on this assumption, research was conducted with a sample of Brazilian and Norwegian professors and technical-administrative employees. Hierarchical regression analyses were carried out to observe and compare the predictive power of resilience in relation to organizational socialization. The results showed that overall resilience added a significant incremental prediction to organizational socialization, beyond nationality and occupation. The predictive power of resilience in relation to organizational socialization was higher among the Brazilians than the Norwegians. The practical implications, limitations and main contributions of the study are discussed, with suggestions for future research.