O presente trabalho estuda as formas de resistência e (re)criação camponesa em
dois municÃpios do semiárido paraibano, Nova Floresta e Teixeira, sem perder de
vista que estes processos achamâ€se intrinsecamente relacionados à forma como
se organiza e se estrutura o espaço agrário nas sociedades dominadas pelo modo
de produção capitalista. Para tanto buscouâ€se: a) analisar o papel do campesinato
no desenvolvimento do capitalismo no campo no pensamento de Marx e na teoria
marxista; b) analisar o campesinato dentro do desenvolvimento do capitalismo no
campo brasileiro sob a ótica de alguns estudiosos da Geografia e áreas afins, que
em alguns momentos buscaram explicações nas teorias clássicas para
compreender a realidade brasileira; c) resgatar o processo histórico de produção
e a organização atual do espaço agrário dos municÃpios estudados buscando
entender nestes, como surgiu e como se apresenta atualmente a agricultura
camponesa; d) identificar e caracterizar as formas de resistência e de recriação
camponesa pelo viés da organização da produção e do trabalho, da ação de
agentes externos e dos costumes e valores dos camponeses.