Este artigo objetivou examinar a percepção de adolescentes sobre o que consideravam ser necessário para diminuir os casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres. Concluiu-se que, diante da lacuna deixada pelo currículo escolar brasileiro no tocante às discussões relativas aos direitos humanos, as experiências pessoais dos adolescentes e a mídia parecem ser as principais influenciadoras no seu processo de formação de opinião, o que se torna problemático quando a realidade vivenciada é permeada por violência, que acaba naturalizada pelo adolescente; e quando a mídia realiza abordagens discriminatórias, ou adota um discursivo punitivista, ambos incompatíveis com um sistema de proteção aos direitos humanos.
This article aimed analyse the perception of adolescents about what they considered necessary to reduce cases of domestic and family violence against women. It was concluded that, given the gap left by the Brazilian school curriculum regarding human rights discussions, the personal experiences of adolescents and the media seem to be the main influencers in their opinion formation process, which becomes problematic when reality experienced is permeated by violence, which ends up naturalized by the adolescent; and when the media conducts discriminatory approaches, or adopts a punitive discourse, both incompatible with a system of protection of human rights.