Respostas termorregulatórias de crianças no exercício em ambiente de calor/ Thermoregulatory responses of children exercising in a hot environment

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Respostas termorregulatórias de crianças no exercício em ambiente de calor/ Thermoregulatory responses of children exercising in a hot environment

Ano: 2013 | Volume: 31 | Número: 1
Autores: L. H. Gomes, M. A. Carneiro-Júnior, J. C. Marins
Autor Correspondente: L. H. Gomes | [email protected]

Palavras-chave: crianças; exercício; sudorese; termorregulação; hipertermia induzida/ children; exercise; body temperature regulation; hyperthermia, induced.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Revisar as possíveis peculiaridades nos mecanismos biológicos referentes às respostas termorregulatórias
e sudorípara específicas no exercício realizado por crianças
em ambiente de calor.
Fontes de dados: Foi feita uma revisão de 47 artigos publicados entre 1960 e 2011 nas bases de dados eletrônicos MedLine e
SciELO Brasil, com a utilização dos seguintes descritores: ‘crian-
ças’, ‘calor’, ‘sudorese’, ‘termorregulação’, ‘glândula sudorípara’ e
‘exercício’, sendo usados isoladamente ou em combinação, além
de uma tese de doutorado sobre o assunto.
Síntese dos dados: Em pré-púberes, a taxa de sudorese
durante o esforço é menor em comparação aos adultos. Crian-
ças possuem características termorregulatórias diferenciadas,
apresentando um débito de suor por glândula muito menor.
A maior razão entre área de superfície e massa corporal faz
com que crianças absorvam mais calor durante o exercício
sob estresse térmico, elevando o risco de apresentarem
sintomas de hipertermia. O maior fluxo sanguíneo para a
pele contribui com um melhor controle da homeostase térmica de crianças. O menor tamanho da glândula, a menor
sensibilidade colinérgica, os níveis baixos de catecolaminas
circulantes durante o esforço e a falta de hormônio androgê-
nico explicam a ocorrência da baixa eliminação de suor no
exercício realizado por crianças.
Conclusões: Crianças exibem glândulas sudoríparas
imaturas. Assim, a prática de atividade física combinada a



Resumo Inglês:

Objective: To review possible peculiarities in biological mechanisms related to responses of thermoregulatory and specific sweat
glands in exercise performed by children in hot environments.
Data sources: Review of 47 articles published between
1960 and 2011 in the electronic databases MedLine and
SciELO Brazil using the following key-words: ‘children’,
‘heat’, ‘sweating’, ‘thermoregulation’, ‘sweat gland’, and
‘exercise’, alone or in combination, in addition to a doctoral
thesis about the subject.
Data synthesis: Pre-pubertal sweat rate during exercise
is lower than among adults. Children have different thermoregulatory characteristics, with a small sweat output
rate due to small sweat glands. High ratio between surface
and body mass increases the absorption of heat during exercise under thermal stress in children, raising the risk of
hyperthermia symptoms. However, great blood flow to skin
contributes to the better control of thermal homeostasis in
children. Small size of the gland, low cholinergic sensibility, low levels of circulating catecholamines during stress,
and lack of androgenic hormone explain the occurrence of
low elimination of sweat in exercises performed by children.Conclusions: Children present immature sweat glands.
Thus, physical activity combined with high temperatures
is not well-tolerated by children and youngsters, with great
vulnerability to thermal injury. In the heat, strict control of
fluid intake and attentive monitoring of weather conditions
should have especial attention for the safe practice of exercises.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Revisar las posibles peculiaridades en los mecanismos biológicos referentes a las respuestas termorreguladoras y sudorípara específicas en el ejercicio realizado por
niños en ambiente de calor.
Fuentes de datos: Se realizó una revisión de 47 artículos
publicados entre 1960 y 2011 en las bases de datos electró-
nicas MedLine y SciELO Brasil, con el uso de los siguientes
descriptores: “niños”, “calor”, “sudoración”, “termorregulación”, “glándula sudorípara” y “ejercicio”, siendo usados
aisladamente o en combinación, además de una tesis doctoral
sobre el tema.
Síntesis de los datos: En pre-púberes, la tasa de sudoración durante el esfuerzo es menor en comparación a los
adultos. Niños poseen características termorreguladoras
diferenciadas, presentando un débito de sudor por glándula
mucho menor. La mayor razón entre área de superficie y masa
corporal hace que los niños absorban más calor durante el
ejercicio bajo estrés térmico, elevando el riesgo de presentar síntomas de hipertermia. El mayor flujo de sangre para
la piel contribuye con un mejor control de la homeostasis
térmica de niños. El menor tamaño de la glándula, la menor
sensibilidad colinérgica, los niveles bajos de catecolaminas
circulantes durante el esfuerzo y la falta de hormona androgénica explican la ocurrencia de la baja eliminación de sudor
en el ejercicio realizado por niños.
Conclusiones: Niños exhiben glándulas sudoríparas
inmaturas. Así, la práctica de actividad física combinada a
altas temperaturas no es bien tolerada por el público infantojuvenil, que presenta mayor vulnerabilidad a las lesiones
térmicas. En el calor, se debe tener un control riguroso de
la ingestión de líquidos y una monitoración atenta de las
condiciones climáticas para mayor seguridad en la práctica
de ejercicios.
Palabras clave: niños; ejercicio; sudoración; termorregulación; hipertermia inducida.