As práticas mais cotidianas de se conviver em família, no trabalho, e nas comunidades, foram modificadas no contexto pandêmico, e com as manifestações da cultura corporal não foi diferente. Nesse cenário, o objetivo deste manuscrito é trazer uma narrativa do processo de ressignificação do fazer e do demonstrar a Ginástica para Todos, a partir de projetos de extensão universitária durante a pandemia. A partir de um desenho metodológico que dialoga com a pesquisa descritiva, optou-se pela abordagem de narrativas orais e documentais (fotografias e vídeos), vividas nas ações de extensão universitária do Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginástica (LAPEGI), de junho de 2020 a dezembro de 2021. A ênfase foi dada na elaboração de uma composição coreográfica (CC) de Ginástica para Todos (GPT), compreendendo esta última como uma manifestação da cultura corporal; e como essa experiência desencadeou outras ações de extensão. O período pôde ser composto pela fluidez de quatro fases: 1 - Mobilizar – Ato de resistência e cultivo dos afetos; 2 - Mover - Desconstruir para construir; 3 - Mostrar – O corpo em expressão; 4 - Multiplicar – O coletivo, a pertença e a esperança. De maneira geral, houve uma ressignificação em vários sentidos, individual e coletiva, tanto para os processos de composição coreográfica em GPT, como para sua mostra (em festivais), redimensionando as possibilidades de viver as manifestações da cultura corporal de forma plural, inovadora, colaborativa e em consonância com os objetivos da extensão universitária, mesmo num cenário adverso como o imposto pela pandemia.