RESSURREIÇÃO NA MORTE OU NO “ÚLTIMO DIA”?: O ESTADO INTERMEDIÁRIO NO DEBATE ESCATOLÓGICO DO SÉCULO XX

Perspectiva Teológica

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ISSN: 2176-8757
Editor Chefe: Francisco das Chagas de Albuquerque
Início Publicação: 31/12/1968
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Teologia

RESSURREIÇÃO NA MORTE OU NO “ÚLTIMO DIA”?: O ESTADO INTERMEDIÁRIO NO DEBATE ESCATOLÓGICO DO SÉCULO XX

Ano: 2017 | Volume: 49 | Número: 3
Autores: Renato Alves de Oliveira
Autor Correspondente: Suporte | [email protected]

Palavras-chave: Morte. Ressurreição. Estado Intermediário. Escatologia / Death. Resurrection. Intermediate State. Eschatology

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo trata do tema que movimentou o debate escatológico cristão no século XX: o estado intermediário. A crença na existência do estado intermediário, enquanto situação pós-mortal que subsiste entre a morte e a ressurreição, faz parte do patrimônio teológico católico, luterano e oriental. No entanto, alguns teólogos protestantes e católicos do século XX criticaram a escatologia intermediária (estado intermediário, purgatório, existência de uma alma separada do corpo etc.) porque compreendiam-na como fruto de uma helenização da fé cristã. Desta forma, com o escopo de deshelenizar a fé cristã e restituir-lhe a fontalidade bíblica terminaram por defender a redução dos eventos escatológicos ao momento da morte (ressur­reição, parusia, juízo etc.). Esta tese suscitou, por falta de fundamentação bíblica e na tradição teológica, a reação crítica de alguns teólogos e de documentos da Igreja Católica. No subsolo deste debate escatológico está um elemento irrenunciável para a teologia: a existência de um princípio espiritual, que garante a continuidade e a identidade entre o sujeito da existência histórica e da definitiva, que subsiste entre a morte e a ressurreição.



Resumo Inglês:

This article deals with the issue which handled the Christian eschato­logical debate in the twentieth century: the intermediate state. Belief in the existence of the intermediate state, while postmortal situation which exists between death and resurrection, is part of the Catholic theological heritage, Lutheran and Eastern churches. However, some protestant theologians and Catholics of the twentieth century criticized the intermediate eschatology (intermediate state, purgatory, the existence of a separate soul from the body etc.) because understood it as the result of a hellenization of the christian faith. Thus, with the aim of purifying the Christian faith hellenization and restore its biblical roots ended up defending the reduction of eschatological events at the time of death (resurrection, parousia, judgment, etc.). This thesis raised for lack of biblical foundation and the theological tradition, the critical reaction of some theologians and documents of the Catholic Church. In the basement of this eschatological debate is an indispensable element for theology: the existence of a spiritual principle, which ensures continuity and identity between the subject of historical existence and the final, which subsists between death and resurrection.