A retórica da história no século XVII

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ISSN: 23596910
Editor Chefe: Leonardo Lennertz Marcotulio
Início Publicação: 28/02/2015
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

A retórica da história no século XVII

Ano: 2016 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: André Sekkel Cerqueira
Autor Correspondente: A. S. Cerqueira | [email protected]

Palavras-chave: gênero histórico, retórica, cultura escrita, História Ibérica Moderna, Restauração

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No presente artigo proponho analisar as práticas de escrita da história no século XVII português. Elegi duas obras, das mais significativas impressas entre 1640 e 1680 em Portugal: Ásia portuguesa, de Manuel de Faria e Sousa, obra mandada imprimir pelo filho do autor, Pedro de Faria e Sousa, em 1666; e História de Portugal Restaurado, de D. Luis de Menezes, terceiro conde da Ericeira, impressa em 1679. A análise das obras ficou restrita aos preambulares, pois é nesta parte em que os autores ou editores escrevem sobre o teor da obra e como ela se enquadra no gênero ao qual pertence – no caso, o histórico. Por se tratar do estudo das práticas de escrita de um gênero, analisei os textos a partir de uma perspectiva retórica, uma vez que eram as artes retóricas que regravam a escrita no período estudado. Assim, identifiquei três autoridades do gênero histórico às quais os autores costumavam recorrer para autorizar o seu discurso: Cícero (do século I a. C.), Luciano de Samósata (século II d. C.) e Agostino Mascardi (século XVII).