A retórica da nostalgia em um conto de Rubem Fonseca

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Editor Chefe: Comissão Editorial
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

A retórica da nostalgia em um conto de Rubem Fonseca

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 9
Autores: Elizabeth da Silva Mendonça
Autor Correspondente: E. S. Mendonça | [email protected]

Palavras-chave: Rubem Fonseca, contos, cidade, flâneur, stories, city

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A crítica literária assinala que a ficção de Rubem Fonseca privilegia o espaço urbano e representa, através de uma linguagem agressiva e sem rodeios, as transformações sociais ocorridas na formação da atual cidade do Rio de Janeiro. No conto “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro”, do livro Romance negro e outras histórias, acompanhamos as andanças do personagem Augusto em sua flanêrie pelo centro da cidade. Observamos as contradições advindas de um olhar nostálgico entre a antiga e a atual cidade do Rio de Janeiro que permeiam toda a narrativa. Identificando-se com a figura do rato, esse personagem, uma espécie de flâneur contemporâneo, envolve-se com as figuras marginalizadas que encontra em suas andanças. Através de um olhar resignado do personagem, o conto não deixa de apresentar a crueza da vida na metrópole em que o ilhamento do sujeito e a marginalização social, gerados pela modernização, tornam-se um convite para reflexão.



Resumo Inglês:

Literary criticism points out that the fiction by Rubem Fonseca emphasizes the urban space and represents through an aggressive and outspoken language the social transformations that have taken place in the formation of the modern city of Rio de Janeiro. In the short story, “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro”, from the book Romance Negro e outras histórias, we follow the adventures of the character Augusto in his flanêrie in the center of town. We observe the contradictions that permeate the entire narrative arising from a nostalgic look split between the old and the modern city of Rio de Janeiro. Identifying himself with the figure of the mouse, the character, a kind of contemporary flâneur, gets involved with marginalized figures that he finds in his wanderings. Through the character’s resigned look, the story does not let aside the representation of the rawness of life in the metropolis, where the Islanding of the subject and social marginalization generated by modernization become an invitation for reflection.