A partir do relato de um assassinato, Eliana Alves Cruz descreve o papel do cais do Valongo como a entrada de cerca de um milhão de escravizados africanos no Brasil, entre os anos de 1811 a 1831, tornando-se palco do que foi um dos períodos mais trágicos da história nacional que assistiu, ainda em 2018, aos 130 anos do final da prática escravocrata, com a Lei Áurea que, apesar de oficial instrumento de libertação, mantém a escravidão arraigada estruturalmente na sociedade brasileira.