Dados a respeito da frequência de achados de tecidos moles não mineralizados ainda são escassos e os que já foram sistematizados estão dispersos na literatura, associando a ideia das descobertas a fenômenos isolados. Este artigo apresenta uma revisão da literatura, publicada nos últimos 50 anos, com o objetivo de compreender a frequência de tecidos moles não mineralizados em fósseis de dinossauros não avianos e os atuais limites temporais de sobrevivência esperada dessas biomoléculas. Os resultados identificaram 52 artigos que descrevem material orgânico preservado em fósseis de dinossauros não avianos, considerados geológica, geográfica e taxonomicamente abrangentes nas rochas mesozoicas. Ainda assim, acredita-se que a frequência é subnotificada devido à atual resistência em aceitar as descobertas como sendo de remanescentes orgânicos e à falta de recursos para esse tipo de detecção. A partir do desenvolvimento de novas tecnologias, pode-se prever que tais achados provavelmente serão a norma e não a exceção.
Despite extensive published literature, skepticism about the claim of original soft tissues persists and the subject remains controversial. Data regarding the frequency of soft tissue findings are still scarse and those that have already been systematized are dispersed in the literature, which leads the idea of soft tissues to be associated with isolated phenomena. This article presents a review of the relevant literature, published in the last 50 years, in order to better understand the frequency of non-mineralized soft tissue findings in non-avian dinosaur fossils, and the time limits for expected survival of these biomolecules. The results identified 52 papers describing preserved organic material, considered geologically, geographically and taxonomically comprehensive. Still, it is believed that this frequency is underreported due to the current resistance in accepting these findings as being from organic remnants. The prediction is that acquisition of new technologies will turn such findings as the norm and not the exception.
Los datos sobre la frecuencia de los hallazgos de tejidos blandos no mineralizados aún son escasos y los que ya han sido sistematizados están dispersos en la literatura, asociando la idea de los hallazgos con fenómenos aislados. Este artículo presenta una revisión de la literatura, publicada en los últimos 50 años, con el objetivo de comprender la frecuencia de los tejidos blandos no mineralizados en fósiles de dinosaurios no aviarios y los límites de tiempo actuales de la supervivencia esperada de estas biomoléculas. Los resultados identificaron 52 artículos que describen material orgánico preservado en fósiles de dinosaurios no aviarios, considerado geológica, geográfica y taxonómicamente integral en rocas mesozoicas. Aún así, se cree que la frecuencia no se informa debido a la resistencia actual a aceptar los hallazgos como restos orgánicos y la falta de recursos para este tipo de detección. A partir del desarrollo de nuevas tecnologías, se puede predecir que dichos hallazgos probablemente sean la norma y no la excepción.