A partir da guinada neurocientÃfica em filosofia moral
discuto em que sentido a neurofilosofia pode nos ajudar a
reformular os problemas normativos de um programa naturalista de
pesquisa ético-social, particularmente o problema da articulação
entre a evolução propriamente biológica da espécie humana e a
evolução social e histórica das sociedades e grupos sociais. Partindo
de uma leitura crÃtica do naturalismo e das teorias normativas
argumento que há um déficit neurofenomenológico no naturalismo
(especialmente daqueles que seguem o programa da Epistemologia
Naturalizada) e nas teorias normativas (particularmente na Teoria
CrÃtica), e proponho uma versão do construtivismo social capaz de
fazer convergir as teses diretrizes de modelos neurocientÃficos e
neurofilosóficos em autores como António Damásio e Jesse Prinz.