Este artigo analisa um dos primeiros escritos de Richard Morse, “Por uma teoria do governo hispano-americano”, publicado em 1954 no Journal of the History of Ideas, e explica como o autor – Peter Blasenheim utiliza-se de tal texto para dar início e estruturar seus cursos sobre História da América Latina ministrados no Colorado College. Morse correlaciona filosofias européias com história política latino-americana justapondo valores tomistas medievais e maquiavélicos renascentistas, osquais foram trazidos de Espanha para o continente americano no século XVI. O calendário acadêmico singular do Colorado College, cujo sistema de blocos prevê classes diárias de 3 horas, oferece tempo suficiente para levantar questões – e gerar discussões – a partir do provocativo ensaio de Morse. O que ele quer dizer ao apresentar o componente tomista como oposto ao maquiavélico? Que ele quer explicar ao fazer suas considerações sobre a natureza da mudança através dos tempos na América Latina? Continuaria a complicada coexistência entre Tomismo/Maquiavelismo a interferir na idade moderna, e em caso positivo, como? Este artigo também facilita as aulas e seminários que se seguem na medida em que oferece formas de periodizar a história política da América Latina. Em suma, o artigo de Morse é tão penetrante, que prepara o palco para curso inteiro.
This article looks at one of Morse’s early essays, “Towards a Theory of Spanish American Government,” published in 1954 in the Journal of the History of Ideas, and explains how the author uses it to introduce and structure courses taught at Colorado College on Latin American history. Morse correlates European philosophies with Latin American political history by juxtaposing Thomistic medieval values and Machiavellian renaissance values, which Spain brought to the Americas in the sixteenth century. The three-hour classes provided by Colorado College’s unique academic calendar, the Block Plan, provides the time to address the questions raised—and the discussion generated—by Morse’s provocative essay. What does he mean by the Thomistic as opposed to the Machiavellian component? What larger point is he making about the nature of change over time in Latin America? Does the Thomistic/ Machiavellian play off continue into the modern age and if so in what ways? This article also facilitates lectures because it provides a mean to periodize Latin American history. In sum, one trenchant article sets the stage for an entire course.