Esse artigo busca refletir sobre a tradução da categoria gramsciana de revolução passiva para a análise da modernização do Estado brasileiro, nos termos da polêmica das ideias e seu lugar, suscitada por Roberto Schwarz em inÃcios da década de 1970. Com esse objetivo, em primeiro lugar, buscamos apreender a noção de revolução passiva nos “Cadernos do Cárcereâ€, atentando ao modo como foi apropriada e aplicada à explicação da história italiana desde o Risorgimento por Antonio Gramsci. Em seguida, passamos para as obras de Carlos Nelson Coutinho e Luiz Werneck Vianna, individualizando suas análises que se valeram da categoria do marxista italiano para buscar explicações do desenvolvimento do capitalismo brasileiro. Com isso, buscamos, em primeiro lugar, a partir da história italiana, um maior esclarecimento da ideia de Revolução Passiva e, em segundo lugar, destacar a especificidade do termo quando aplicado ao caso brasileiro, bem como o aspecto original destas análises em seu contexto intelectual.