Esse artigo analisa a trajetória intelectual de Florestan Fernandes à época da redação e publicação de A Revolução Burguesa no Brasil, assim como a composição da obra, das premissas metodológicas às construções teórico argumentativas do autor. Na encruzilhada dos tempos, a obra revela os meandros de nossa formação passada que constituíram os dilemas dos anos 1970, e se prova um clássico ao iluminar as sombras de mais um circuito que se fecha na política nacional, décadas após sua escrita.
This article analyses Florestan Fernandes’ intellectual trajectory at the time of writing and publishing A Revolução Burguesa no Brasil, as much as the book structure, the methodological premises and the theoretical arguments from its author. Crossing times, the book reveals the past making of the 1970s dilemmas, and proves to be a classic by casting light over the shadows of another closing circuit from the national politics, decades after being written.