Rio de Janeiro, cidade-mercadoria: construções narrativas da cidade hiper-real em 1000 places to see before you die

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ISSN: 1676-2827 (impressa); 2179-9571 (on-line)
Editor Chefe: Prof. Luiz Henrique Barbosa
Início Publicação: 01/10/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

Rio de Janeiro, cidade-mercadoria: construções narrativas da cidade hiper-real em 1000 places to see before you die

Ano: 2018 | Volume: 20 | Número: 26
Autores: Ana Teresa Gotardo
Autor Correspondente: Ana Teresa Gotardo | [email protected]

Palavras-chave: cidade, consumo, televisão, hiper-realidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo objetiva analisar as narrativas sobre o Rio de Janeiro no documentário seriado 1000 places to see before you die. Baseando-se em clichês que vendem a metrópole carioca como cidade hiper-real para consumo turístico, construindo-a como produto, a série, de origem estadunidense, foi exibida pela primeira vez na rede TLC em 2007 e é baseada em livro homônimo. Em um momento no qual o Rio de Janeiro era permeado por representações da violência na mídia, as quais contribuíam para a construção de uma atmosfera de medo, o documentário exclui a pobreza, a favela e até parte da geografia da cidade, restringindo seu consumo a sua área “rica”, a Zona Sul, trazendo uma ideia de “perfeição” que é corroborada por turistas (e pelo olhar) estrangeiros.



Resumo Inglês:

This article aims to analyze the narratives about Rio de Janeiro in the serial documentary 1000 places to see before you die. Based on clichés which sell the Brazilian metropolis as a hyper-real city for touristic consumption, building it as a product, the series, of American origin, was first aired on TLC network in 2007 and is based on a homonymous book. At a time when Rio de Janeiro was permeated by representations of media violence, which contributed to the construction of an atmosphere of fear, the documentary excludes poverty, the favela (slum) and even part of the city’s geography, restricting its consumption to its “rich” area, the South Zone, bringing an idea of “perfection” that is corroborated by foreign tourists (and views).