Na última década, a relação da música com os espaços da cidade do Rio de Janeiro fez surgir novas territorialidades cariocas ancoradas numa sociabilidade lúdica e festiva. A interação indivíduo/espaço público vem produzindo novos sentidos e apontando a necessidade de criação de políticas públicas em torno desses territórios urbanos, por vezes, de controle e domesticação da atuação cidadã. Baseando-se na experiência de observação participante do grupo Orquestra Voadora, acompanhado etnograficamente durante o carnaval carioca no Aterro do Flamengo (RJ), procurou-se investigar de que modo e como grupos e indivíduos ocupam e ressignificam os espaços da cidade e fazem surgir novos circuitos comunicacionais, de difusão da música e de encontro de brincantes oriundos de diferentes espaços da cidade.
Over the past decade, the relationship of music with city spaces in Rio de Janeiro has raised new territorialities anchored in a playful, festive sociability. The individual/ public space interaction has produced new directions and pointed out the need to create policies around these urban areas, at times, for the control and domestication of citizen action. Based on the participant observation experience with the “Orquestra Voadora” group, ethnographically monitored during the Rio carnival in Flamengo (RJ), the objective was to investigate how and in what ways groups and individuals occupy and resignify city spaces and give rise to new communication circuits, broadcasting music and meeting with revelers from different parts of the city.